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Saúde do trabalhador docente e pesquisa: sujeito ou objeto, raramente afeto1 1 - A pesquisa que serviu de base ao artigo conta com apoio do Programa de Excelência Acadêmica (Proex), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), aos projetos educacionais e de pesquisa coletiva dos programas de pós-graduação avaliados como 6 ou 7.

Resumo

O artigo apresenta a construção de uma estratégia de investigação em saúde do trabalhador, segundo o desejo de dizer, profundamente, respeito aos trabalhadores, enfocando o docente da educação básica. Discute aspectos da pesquisa que apontam o sujeito ou objeto da investigação, sugerindo o poder de afetar e ser afetado como oportunidade relevante da pesquisa qualitativa. Um plano das afecções constitui-se mais como uma diferença entre o vivido em comum e as representações identitárias do que propriamente um vivido ou uma representação. Reporta parte de uma tese de doutorado em educação, em andamento, que se utiliza de narrativas da docência, apoiadas em escritas de si, bem como de histórias de vida, ao modo das “escrevivências” e que, de maneira original, apareceram como “escreversões”. O referencial para encontrar o fazer ativo docente provém da Clínica da Atividade. A proposta foi designada por “co(m)textos do trabalho docente: sofrimento e alegria na docência escolar” e encontra-se em experimentação desde o ano de 2019. As situações de engajamento afetivo são fator necessário para perseverar na docência, especialmente aí residem a resistência e a criação, mas sobretudo a capacidade de lutar por melhor e mais saúde na escola, na docência e na construção política da educação escolar.

Docentes; Saúde do trabalhador; Educação; Condições de trabalho; Pesquisa qualitativa

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