RESUMO
Objetivo:
Determinar a frequência e os fatores de risco de recém-nascidos pequenos para idade gestacional em uma maternidade de alto risco.
Métodos:
Trata-se de um estudo observacional, transversal e caso-controle, realizado em maternidade pública de nível terciário. Foram levantados dados de 998 recém-nascidos e de suas respectivas mães por meio de entrevista e análise de prontuários e de cartões do pré-natal. Algumas placentas foram submetidas à análise anatomopatológica. As variáveis dos recém-nascidos pequenos e não pequenos para idade gestacional e de suas respectivas mães foram comparadas estatisticamente pelo teste paramétrico t de Student, pelo teste exato de Fisher e por odds ratio. O nível de significância adotado foi de 0,050.
Resultados:
A frequência de recém-nascidos pequenos para idade gestacional foi de 17,9%. Os fatores com significado estatístico associados ao nascimento desses bebês foram sexo feminino (p=0,012); história positiva para filho anterior pequeno para idade gestacional (p=0,006); realização de pré-natal inadequado (p=0,019); tabagismo (p=0,003); doença hipertensiva específica da gestação (p=0,007); hemorragia (p=0,009) e infarto (p=0,001) placentários.
Conclusão:
Na população estudada, a frequência de recém-nascidos pequenos para idade gestacional foi elevada e relacionada ao sexo, à inadequação do pré-natal, à presença de doenças e vícios maternos e às alterações placentárias.
Descritores:
Recém-nascido; Peso ao nascer; Fatores de risco; Retardo do crescimento fetal; Morbidade