Resumo
Após a adoção generalizada do regime de câmbio flexível nos diversos países desde 1973, a volatilidade da taxa cambial aumentou, em contexto de maior abertura comercial e integração financeira. Tornou-se mais difícil encontrar evidências favoráveis à hipótese da paridade do poder de compra. Este estudo analisa a possibilidade de queda na persistência da taxa de câmbio real como consequência da abertura comercial e integração financeira, com dados mensais de 20 países no período de 1975 a 2011. A partir de uma análise exploratória dos dados no domínio da frequência, o coeficiente fracionário d foi obtido utilizando-se um estimador semiparamétrico com redução de viés em que um algoritmo dependente dos dados seleciona o número ótimo de frequências que minimiza o erro quadrático médio, diferente do estimador tradicional GPH. O estudo também utiliza uma janela móvel de 15 anos para identificar a evolução do coeficiente fracionário ao longo dos anos. Não há evidência de queda na persistência da taxa de câmbio real, nem indicações que corroborem a hipótese da paridade do poder de compra.
Palavras-Chave
Paridade do poder de compra; Persistência; Integração fracionária; Taxa de câmbio real
