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Mudanças na estrutura do comércio exterior brasileiro: uma análise sob a ótica da teoria de Heckscher-Ohlin

O objetivo deste trabalho é analisar as mudanças ocorridas na estrutura do comércio exterior brasileiro, após a abertura comercial, em termos de uso dos recursos produtivos disponíveis. A análise é realizada com base na teoria das proporções de fatores, na versão de modelo de três fatores: trabalho, recursos naturais e capital. Utilizando a técnica de insumo-produto, o conteúdo dos fatores produtivos no comércio é mensurado, enquanto é analisada a tendência de longo prazo de especialização da economia brasileira em termos das vantagens comparativas, segundo a teoria de Heckscher-Ohlin. Os resultados obtidos mostram uma tendência de longo prazo de aumento de participação dos produtos intensivos em recursos naturais, além de queda de participação dos produtos intensivos em capital e trabalho na pauta de exportações brasileiras. Por outro lado, no que se refere às importações, estas mostram uma inequívoca tendência de crescente participação de produtos intensivos em capital e uma queda de participação de produtos intensivos em recursos naturais, portanto condizentes com os preceitos das vantagens comparativas de Heckscher-Ohlin.

abertura comercial; vantagens comparativas; Brasil


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