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O tempo do luto materno pelo filho que morreu na infânciaa a Artigo extraído da tese de doutorado “O vivido de mães cujos filhos morreram em decorrência de acidentes domésticos na infância”, de autoria de Maria Augusta Rocha Bezerra, sob a orientação da Professora Silvana Santiago da Rocha, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Piauí. Ano de defesa: 2017

El tiempo del luto materno por el hijo que murió en la infancia

Resumo

Objetivo

desvelar o movimento existencial da mãe após a morte do filho por acidente doméstico na infância.

Método

pesquisa embasada no referencial teórico-filosófico-metodológico da fenomenologia de Martin Heidegger, com dados coletados entre maio e junho de 2017, mediante entrevista fenomenológica com 10 mães cujos filhos morreram em decorrência de acidentes domésticos na infância.

Resultados

da compreensão dos relatos, emergiram três temáticas: Lembrando o sofrimento profundo diante da morte do filho e os primeiros dias/meses sem ele; Revivendo a dor no presente, por meio da falta diária e das datas importantes e objetos/símbolos da criança; e Antecipando que a dor e a falta que sentem dos filhos nunca irão passar.

Conclusão e implicações para a prática

o tempo não é preditor da elaboração do luto materno. Neste contexto, o vivido da mãe é composto por um conjunto de significados, que envolvem multiplicidade de fatores e geram importantes repercussões ao longo da vida. Na perspectiva para promoção do cuidado, emergem, assim, a necessidade de ampliar a compreensão e as ações de acolhimento à mãe enlutada, refletindo sobre a temporalidade como constituinte do enlutamento materno.

Palavras-chave:
Acontecimentos que Mudam a Vida; Comportamento Materno; Criança; Luto; Morte

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