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Tooth resorptions are not hereditary

RESUMO

As reabsorções radiculares decorrentes da movimentação ortodôntica não têm evidência científica consistente que as correlacione com a hereditariedade, predisposição e suscetibilidade genética ou familiar. Os trabalhos sobre esse tema apresentam erros metodológicos e interpretativos, em especial quanto ao diagnóstico e à mensuração das reabsorções radiculares a partir de ortopantomografias e cefalogramas. As amostras são heterogêneas - quanto aos operadores clínicos e tipos de planejamentos aplicados - e em número muito pequeno, considerando-se a prevalência das reabsorções dentárias na população. Quase todos os eventos biológicos são codificados e gerenciados a partir dos genes, mas não por isso as reabsorções dentárias são hereditárias, o que seria demonstrado em heredogramas e outras formas de estudos familiares. Nas reabsorções radiculares em Ortodontia, não é possível determinar percentuais de quanto seria decorrente da hereditariedade ou da genética, de fatores ambientais e de fatores desconhecidos. Não se faz necessário transferir a “culpa” das reabsorções dentárias para eventos externos à Ortodontia pois, na grande maioria dos casos, elas não são iatrogênicas. Na prática ortodôntica, quando se faz a análise de todos os dentes e o planejamento, via radiografia periapical ou tomografia computadorizada, e quando se leva em consideração os fatores preditivos, as reabsorções dentárias não serão de natureza iatrogênica, e devem ser encaradas como uma das intercorrências clínicas do tratamento aplicado.

Palavras-chave:
Reabsorções dentárias; Reabsorções radiculares; Movimentação dentária; Hereditariedade.

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