Esta revisão teve como objetivo apresentar uma visão atualizada dos mecanismos fisiopatológicos relacionados às disfunções temporomandibulares (DTMs). Enquanto a dor articular é caracterizada por um processo inflamatório bem descrito - mediado pelo fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e interleucinas -, a dor muscular crônica apresenta mecanismos fisiopatológicos mais obscuros, sendo considerada uma síndrome dolorosa funcional, assim como a fibromialgia, a síndrome do intestino irritável, a cistite intersticial e a síndrome da fadiga crônica. A sensibilização central é o processo comum, unificador, dessas condições, podendo sofrer influência do sistema nervoso autonômico e de polimorfismos genéticos. Portanto, os sintomas das DTMs devem ser entendidos como uma resposta complexa, podendo ser amplificados ou atenuados em função da adaptação individual.
Disfunções temporomandibulares; Síndrome dolorosa miofascial; Sensibilização do sistema nervoso central; Sistema nervoso autônomo