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COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE (CCL) E DEMÊNCIA EM UMA AMOSTRA DE ADULTOS NA CIDADE DE BOGOTÁ

RESUMO

A baixa prevalência de demência relatada em comunidades deve ser devida ao emprego de testes de rastreio de baixa sensibilidade e à falta da avaliação por especialistas.

OBJETIVO:

Estimar a prevalência de comprometimento cognitivo leve (CCL) e demência em adultos com idade superior a 50 anos.

MÉTODOS:

Um estudo transversal de duas fases realizado por especialistas, avaliando a cognição e os fatores de risco demográficos associados, com 1.235 adultos autônomos da comunidade em Bogotá. Em uma Fase I, foram realizados os testes de rastreio MEEM e MoCA. Na Fase II, após uma ampla bateria neuropsicológica com avaliações neurológicas e psiquiátricas, foi estabelecido um diagnóstico cognitivo por consenso.

RESULTADOS:

A prevalência encontrada de CCL foi de 34% e de demência, de 23%. CCL foi associado a ensino médio incompleto, OR=1,74 (IC 95%=1,23-2,45) e idade entre 70-79 anos, OR=1,93 (IC 95%=1,47-2,53). Entre os casos de CCL, 73% eram amnésticos. A demência foi associada a ensino fundamental incompleto, OR=8,98 (IC 95%=5,56-14,54), ensino fundamental completo, OR=6,23 (IC 95%=3,70-10,47) e idade superior a oitenta anos, OR=3,49 (IC 95%=2,23-5,44).

CONCLUSÃO:

A prevalência de demência encontrada é maior do que a relatada em estudos prévios. O baixo nível educacional foi o principal fator de risco para declínio cognitivo e deve ser considerado no planejamento estratégico do nosso sistema de saúde.

Palavras-chave:
demência; comprometimento cognitivo leve; prevalência

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