RESUMO.
Intervenções não farmacológicas, como o uso da música, têm-se mostrado importantes meios potenciais de controlar os sintomas e sinais adversos decorrentes das enfermidades crônicas já instaladas em idosos com demência.
Objetivos:
Analisar o efeito da música de concerto sobre a cognição, parâmetros fisiológicos e sintomas comportamentais e psicológicos em idosos com demência institucionalizados.
Métodos:
Estudo descritivo-exploratório, quantitativo, quase experimental, realizado com 14 idosos. Eles foram alocados em: Grupo Intervenção (GI) (n=7), com oito sessões de audição musical, uma vez por semana, durante dois meses; e Grupo Controle (GC) (n=7), com o mesmo procedimento, porém sem a audição da música. Todos os participantes foram avaliados pelo Neuropsychiatric Inventory Questionnaire (NPI-Q) e Addenbrooke’s Cognitive Examination – Revised (ACE-R) antes e depois do período da intervenção. Foram obtidos dados de pressão arterial, frequência e coerência cardíaca por meio do cardioemotion durante as sessões. Os dados foram analisados pelos testes Exato de Fischer e t de Student.
Resultados:
Em ambos os grupos houve predominância de participantes do sexo feminino, estado civil de viuvez e com diagnóstico de Alzheimer. Foi encontrada redução estatisticamente significativa na média do desgaste na apatia (p=0,038) e média total do NPI-Q gravidade (p=0,033) (teste t de Student pareado) no GI. Para o GC, não foram encontradas diferenças significativas no nível médio das variáveis na pré e pós-análise.
Conclusões:
A música de concerto teve efeitos positivos no comportamento dos idosos institucionalizados. Nota-se que, em geral, ela trouxe estímulos e possibilidades de melhoria das condições comportamentais atuais.
Palavras-chave:
Idoso; Demência; Música; Doença de Alzheimer