Acessibilidade / Reportar erro

Atividade física em pessoas adultas com epilepsia: aspectos clínicos e as relações com a cognição e a qualidade de vida

RESUMO

Existem vários fatores associados à menor participação em atividade física regular (AF) em pacientes adultos com epilepsia (PCE).

Objetivo:

Avaliar em PCEs a relação entre a prática regular de AF com as variáveis clínicas e cognitivas e com a qualidade de vida (QV).

Métodos:

Foi relacionado o Habitual Physical Activity Questionnaire (HPAQ) com as variáveis clínicas, escores no Mini-Mental State Examination (MMSE), no Brief Cognitive Battery-Edu (BCB-Edu), Satisfaction Scale for Physical Activity (SSPA) e no Quality of Life in Epilepsy Inventory (QOLIE–31) de 60 PCE, com nível de significância p<0,05.

Resultados:

Idade média 42,4±13,6 anos, 50% do sexo feminino. O maior tempo de epilepsia correlacionou-se com a menor prática de AF no lazer (Correlação de Person, r= -0,276; p=0,036). Escores da AF ocupacional do HPAQ correlacionaram-se positivamente com a percepção (r=0,300; p=0,021) e a memória (r=0,381; p=0,003) no teste de fluência verbal (SVF); (r=0,427; p=0,001) e com o escore total no MMSE (r=0,327; p=0,012). O escore total do HPAQ correlacionou-se com o SVF (r=0,336; p=0,009) e com o MMSE (r=0,254; p=0,049). Não houve correlação entre o QOLIE–31 com o HPAQ e a SSPA.

Conclusão:

A maior duração da epilepsia associou-se com a menor prática de AF. A AF associou-se com o melhor desempenho em aspectos da cognição. Não houve relação entre QV com a prática e a satisfação e a AF, sugerindo diferentes aspectos psicossociais envolvidos.

Palavras-chave:
Exercício Físico; Epilepsia; Cognição; Qualidade de Vida

Academia Brasileira de Neurologia, Departamento de Neurologia Cognitiva e Envelhecimento R. Vergueiro, 1353 sl.1404 - Ed. Top Towers Offices, Torre Norte, São Paulo, SP, Brazil, CEP 04101-000, Tel.: +55 11 5084-9463 | +55 11 5083-3876 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revistadementia@abneuro.org.br | demneuropsy@uol.com.br