RESUMO.
Testes de fluência verbal são instrumentos comuns em avaliação neuropsicológica e rastreio de declínio cognitivo. Diferentes pesquisas sugeriram dados normativos para esses testes, mas novos estudos com foco em diferentes níveis de escolaridade são importantes diante da heterogeneidade da população brasileira e da influência da escolaridade em testes de fluência verbal.
Objetivo:
O presente trabalho teve como objetivo fornecer dados normativos em testes de fluência verbal para idosos brasileiros com alta escolaridade, bem como sobre a influência de gênero, idade e nível educacional nos resultados dos testes.
Métodos:
O total de 147 voluntários saudáveis (106 mulheres e 41 homens) com idade média de 66,87 anos (standard deviation — SD=4,52) e mínimo de 12 anos de escolaridade foi selecionado da comunidade, e solicitou-se que respondesse a três testes de fluência verbal fonêmica (F, A e S) e dois testes de fluência verbal semântica (animais e frutas). Os voluntários foram categorizados por nível educacional em duas categorias: “Ensino Médio” (12 anos de educação formal) e “Ensino Superior” (mais de 12 anos de educação formal).
Resultados:
Dados normativos são apresentados em médias e percentis para todos os testes. A performance em animais, frutas, A e S foi associada ao nível de escolaridade. A performance em S foi relacionada ao gênero.
Conclusões:
Este estudo fornece dados normativos apropriados para idosos com alta escolaridade em testes comumente utilizados na avaliação de funcionamento executivo. Os resultados obtidos corroboram achados de pesquisas anteriores que apontam para a influência da escolaridade em testes de fluência verbal.
Palavras-chave:
Cognição; Funções Executivas; Linguagem; Idoso; Testes Neuropsicológicos