RESUMO
Alguns dos marcos conceituais iniciais na pesquisa de memória, com relevância para o meio físico, pelo qual a preservação desta é possibilitada, a saber, o ‘traço de memória’ ou ‘engrama’, são aqui analisados. As noções fundamentais foram formuladas por Platão e Aristóteles. Enquanto Platão via a memória como uma impressão em um ‘bloco de cera’ na alma imortal, Aristóteles considerava a memória uma modificação na alma mortal, impressa como um molde ao nascimento. Os oradores romanos tinham interesse em mnemotécnica e Cícero tem o crédito de ter usado o termo ‘traço’ (vestigium) pela primeira vez. Mais tarde, Descartes descreveu o ‘traço’ (trace) (de memória), ligando processos psíquicos e físicos. Finalmente, Semon propôs conceitos e termos inovadores centralizados pelo ‘engrama’ (Engramm). A busca dessa importante questão, que começou aproximadamente há dois milênios e meio, continua em foco, como pode ser visto pelo ritmo crescente de artigos publicados sobre o assunto.
Palavras-chave:
História; Memória; Traço de Memória; Engrama