Acessibilidade / Reportar erro

O Planejamento da Cultura: Políticas Culturais, Unesco e Brasil (1966-1988)* * O artigo é baseado em pesquisa realizada no Arquivo Central da Unesco em Paris e no Arquivo Central do Itamaraty em Brasília. Durante o período que estive na França, fui pesquisador visitante junto ao Centre Maurice Halbwachs (ENS/EHESS/CNRS). Fui supervisionado pelo professor Benoît de L’Estoile, a quem agradeço, e contei com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) (Processo 2015/17744-8). Em momento posterior, pude debater alguns aspectos da pesquisa com Cristiana Bastos, a quem sou grato por ter sido minha anfitriã no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS/UL). Nessa oportunidade, também obtive financiamento da Fapesp (Processo 2017/23638-1). Gostaria de agradecer igualmente a Lilia Schwarcz, interlocutora desta pesquisa enquanto fiz pós-doutorado no Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo (USP) (Fapesp, Processo 2014/13635-7), e a Antonio Carlos de Souza Lima, meu atual supervisor no Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGAS) do Museu Nacional/UFRJ (FAPERJ, processo E-26/202.366/2018).

Planning Culture: Cultural Policies, Unesco and Brazil (1966-1988)

La Planification de la culture : politiques culturelles, UNESCO et Brésil (1966-1988)

La Planificación de la Cultura: Políticas Culturales, Unesco y Brasil (1966-1988)

RESUMO

O presente artigo tem por objeto a delimitação de uma noção de políticas culturais pela Unesco entre 1966 e 1988. Para isso, são analisados documentos produzidos a partir de diferentes esferas de consulta que vão dando corpo a essa definição. Destaca-se, assim, a maneira como o termo passa a ser compreendido como uma série de ações governamentais com vistas a suprir as necessidades culturais dos cidadãos. Subjaz a essa perspectiva uma compreensão da cultura como direito e uma noção de cultura ampliada – muitas vezes qualificada como antropológica. Com o intuito de refletir sobre o alcance dessas elaborações em níveis nacionais – um contraponto à bibliografia que tende a analisar os documentos da Organização isoladamente –, procuro mostrar como esse arcabouço conceitual ganha eloquência no Brasil apenas no processo de redemocratização. Esse movimento analítico leva a crer que a eficácia do ideário produzido em âmbito internacional depende de cultura e situação política nacionais.

políticas culturais; Unesco; Brasil; antropologia histórica do Estado; teoria cultural

Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) R. da Matriz, 82, Botafogo, 22260-100 Rio de Janeiro RJ Brazil, Tel. (55 21) 2266-8300, Fax: (55 21) 2266-8345 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: dados@iesp.uerj.br