RESUMO
Analisamos o tempo de permanência dos nomeados para cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS) do Executivo federal brasileiro, no período de 1999 a 2017. A duração mediana em um cargo DAS é de 25 meses e, no alto escalão burocrático, 23 meses. Cerca de 30% dos nomeados não completa o primeiro ano de trabalho e menos de 30% dos nomeados permanece no mesmo cargo por todo um mandato presidencial. A estabilidade dos ministros, ser filiado a partidos, pertencer às carreiras federais, e o local de exercício do cargo influenciam as chances de permanência dos nomeados. Os resultados contribuem para deslindar a lógica de funcionamento do Executivo federal brasileiro e sua relação com a organização federativa e partidária. Contribuem também refletir sobre os meios de ampliar as capacidades de planejamento e a qualidade do ciclo de planejamento das políticas pela autoridade pública.
cargos de confiança; burocracia federal; análise de sobrevivência; rotatividade, patronagem