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Caracterização e especulações acerca da urbanização da leishmaniose visceral no Brasil

As hipóteses ou explicações apresentadas até o momento para o processo de urbanização da leishmaniose visceral americana são insatisfatórias. Uma hipótese alternativa é a de que mudanças na ecologia e biologia do vetor, Lutzomyia longipalpis, poderiam explicar as feições epidemiológicas urbanas da doença. De forma a suprir lacunas no conhecimento sobre esse processo de urbanização, destacam-se algumas linhas de pesquisa prioritárias: a investigação do papel de cães na amplificação da transmissão da doença nas cidades, ensaios de campo com novos inseticidas, investigação dos determinantes ecológicos ou moleculares que participam da transmissão de Leishmania chagasi. Esforços com investimentos públicos devem ser feitos para o desenvolvimento de vacinas para humanos, pois uma vacina não parece estar tão distante. Resultados vacinais mesmo modestos podem reduzir substancialmente o impacto dessa doença que, no último quarto de século, desafiou e venceu a ciência e a saúde pública mundo afora.

Leishmaniose Visceral; Urbanização; Vacinas


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