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Dengue e febre hemorrágica do dengue no Brasil: que tipo de pesquisas a sua tendência, vigilância e experiências de controle indicam ser necessárias?

As epidemias de dengue são responsáveis por milhões de casos e óbitos no mundo, anualmente. O alto nível endêmico desta doença está relacionado à elevada infestação domiciliar pelo Aedes aegypti e infecções humanas pelos diferentes sorotipos do agente. Este estudo analisa os casos registrados no Brasil, descrevendo os padrões da evolução da incidência e sua distribuição espacial. Observou-se que as curvas epidêmicas delineadas após a introdução de cada sorotipo do vírus, e a redução da população de susceptíveis, possivelmente, foram responsáveis pelo declínio das epidemias. Expansão das áreas afetadas e aumento de casos de febre hemorrágica do dengue com alta letalidade foram observados em anos recentes. Esforços baseados apenas no combate vetorial químico têm sido insuficientes para impedir a circulação viral. Evidências demonstram que ações de educação não modificam permanentemente hábitos da população. Enquanto não se dispuser de vacina efetiva para a sua prevenção, o controle dependerá de potenciais resultados de pesquisas interdisciplinares e de mudanças ambientais que dificultem a reprodução do vetor, educação e participação comunitária, vigilância epidemiológica e virológica, e inovações tecnológicas estratégicas com o objetivo de interromper a transmissão.

Dengue; Febre Hemorrágica do Dengue; Incidência


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