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Determinantes sócio-demográficos da auto-avaliação da saúde no Brasil

A auto-avaliação da saúde vem sendo amplamente utilizada nos estudos epidemiológicos, não só por ser importante por si, mas também pela sua validade, estabelecida por suas relações com as condições clínicas e com o maior risco de morbi-mortalidade subseqüente. Neste trabalho, são analisados os determinantes sócio-demográficos da auto-avaliação de saúde boa, utilizando os dados da Pesquisa Mundial de Saúde, inquérito domiciliar realizado no Brasil, em 2003. Foram utilizados modelos de regressão logística, considerando idade e sexo como co-variáveis, e o grau de instrução, a posse de bens no domicílio e a situação de trabalho como indicadores do nível sócio-econômico. Além das diferenças por sexo e idade, com auto-avaliações consistentemente piores entre as mulheres e entre os mais idosos, os resultados indicaram acentuadas desigualdades sócio-econômicas. Ajustando-se por idade, entre as mulheres, a instrução incompleta e a privação material foram os fatores que mais contribuíram para a pior percepção da saúde; entre os homens, além da privação material, os indicadores relacionados ao trabalho tiveram efeitos importantes. Entre os indivíduos com doença de longa duração ou incapacidade, o gradiente social persistiu, embora em menor magnitude.

Nível de Saúde; Enquete Sócio-econômica; Estudos Epidemiológicos


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