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Ações de controle da leishmaniose visceral: indicadores epidemiológicos da avaliação de efetividade em uma área urbana brasileira

Resumo:

O estudo aplica indicadores referentes ao controle do reservatório canino da leishmaniose visceral na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Os dados foram obtidos do Sistema de Controle de Zoonoses (SCZOO) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Começamos com a análise das associações existentes entre indicadores epidemiológicos caninos, onde a variável dependente foi a soroprevalência canina-A (de 2007 a 2013) e a variável independente foi a soroprevalência canina-B (de 2006 a 2012); o percentual de cães positivos de acordo com o teste ELISA e que não foram sacrificados; a relação entre as populações humana e canina; a cobertura da testagem da população canina de acordo com inquéritos censitários e os anos de estudo (de 2006 a 2013). Em seguida, examinamos a associação entre casos de leishmaniose visceral humana (LVH) entre 2007 e 2013 e as variáveis citadas relacionadas aos cães e aos anos. A análise estatística usou um modelo linear generalizado (MLG). Os aumentos de uma unidade na soroprevalência canina-B e soroprevalência canina-A estiveram associados a aumentos de 13% e 12% nas taxas de LVH, respectivamente. Um aumento de uma unidade na razão humano/cão esteve associado a uma diminuição de 13% nas taxas de LVH. A soroprevalência canina, a relação humano/cão e a não-eutanásia de cães ELISA-reativos foram indicadores adequados para analisar a transmissão enzoótica canina e a ocorrência de casos de LVH.

Palavras-chave:
Leishmaniose Visceral; Indicadores de Serviços; Vigilância Epidemiológica

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