O autor se propõe a analisar os argumentos pró e contra as várias formas de reprodução assistida, inclusive aquela dependente da assim chamada manipulação genética. Mostra como os únicos argumentos com chance de chegar ao consenso, ou, pelo menos, a um acordo, sejam os argumentos racionais, embasados em princípios éticos (universalmente aceitáveis), ou corroborados por fatos empíricos e experiências de vida (como ponto de partida para identificar os problemas que requerem análise). Após uma parte desconstrutiva, na qual aponta a incoerência e a inconsistência dos argumentos contrários, o autor defende o direito dos humanos em decidir autonomamente acerca das formas mais saudáveis de procriação, inclusive aquelas que envolvem manipulações genéticas. Para tanto, baseia-se no princípio moral segundo o qual é moralmente preferível interferir nos processos naturais que não intervir quando isso implica prevenir e reduzir doenças e sofrimento.
Reprodução; Genética Médica; Bioética