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Epidemiologia e controle da leishmaniose nos países andinos

Este trabalho revisa o conhecimento atual sobre a epidemiologia da leishmaniose na Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia, países nos quais a doença é endêmica, tanto nos Andes quanto na Amazônia. Os vetores flebótomos pertencem a vários subgêneros e ao grupo Verrucarum. A maioria dos casos de infecção humana é causada pelos parasitas Leishmania do subgênero Viannia. As infecções humanas por Leishmania provocam lesões cutâneas, com uma minoria de infecções por L. (Viannia) levando à leishmaniose mucocutânea. Tanto a leishmaniose visceral quanto a leishmaniose cutânea difusa são raras. Em cada país, parte significativa da transmissão de Leishmania ocorre no intra ou peridomicílio, muitas vezes próximo à lavoura de café ou cacau. Não se sabe ao certo quais são os hospedeiros reservatórios para os ciclos de transmissão doméstica. Discute-se a carga da doença provocada pela leishmaniose na região, chamando atenção para os coeficientes de incidência e para a variabilidade dos sintomas. Tal informação fornecerá uma base racional, visando priorizar os recursos voltados para o controle da doença e selecionar esquemas terapêuticos. Os autores também descrevem a variação na ecologia da transmissão, delineando as variáveis que poderiam afetar a definição de estratégias preventivas.

Leishmaniose; Ecossistema Andino; Doenças Endêmicas; Controle de Vetores


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