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Desigualdades por sexo nas práticas relacionadas à infecção pelo HIV na população brasileira de 15 a 64 anos, 2008

O objetivo do trabalho foi analisar as diferenças por sexo nas práticas relacionadas à infecção pelo HIV na população brasileira. Inquérito de âmbito nacional foi realizado em 2008, com amostra de 8 mil indivíduos de 15-64 anos. A amostragem foi estratificada por macrorregião geográfica e situação urbano/rural. Utilizou-se modelo de regressão logística para investigar os principais fatores associados às práticas de sexo protegido. Os resultados indicaram que as mulheres têm menor taxa de atividade sexual, iniciam a vida sexual mais tardiamente, têm menos parceiros casuais do que os homens, mas usam menos o preservativo. Por outro lado, a cobertura de teste de HIV é significativamente maior entre as mulheres quando comparadas aos homens. Foram evidenciadas grandes diferenças por sexo nas práticas relacionadas à infecção pelo HIV, sempre com maior vulnerabilidade associada às mulheres, exceto no que diz respeito ao teste de HIV. O baixo uso de preservativo nas situações de infidelidade foi um problema para ambos os sexos e merece consideração específica nas estratégias de prevenção.

Comportamento Sexual; Sorodiagnóstico da AIDS; Infecções por HIV; Características Sexuais


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