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Mortalidade infantil em três coortes de base populacional no Sul do Brasil: tendências e diferenciais

Os autores estudaram tendências temporais nas taxas de mortalidade infantil e fatores associados em três coortes em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, de 1982, 1993 e 2004. Todos os nascimentos hospitalares e óbitos foram identificados através de visitas regulares aos hospitais, cartórios e cemitérios. Esses dados foram utilizados para calcular as taxas de mortalidade neonatal, pós-neonatal e infantil por mil nascidos vivos. Também foram calculadas as taxas específicas de acordo com causa de óbito, sexo, peso ao nascer, idade gestacional e renda familiar. O coeficiente de mortalidade infantil diminuiu de 36,4 por mil nascidos vivos em 1982 para 21,1 em 1993 e 19,4 em 2004. As principais causas de mortalidade infantil em 2004 foram causas perinatais e infecções respiratórias. Entre 1993 e 2004, houve uma redução de 16% na mortalidade entre crianças de baixo peso ao nascer de famílias pobres; entretanto, esse mesmo coeficiente aumentou mais de 100% entre famílias de renda alta, devido ao aumento no número de partos prematuros nesse grupo. É provável que a estabilização da mortalidade infantil na última década seja devida à excessiva medicalização da gravidez e da atenção ao parto.

Mortalidade Infantil; Recém-Nascido de Baixo Peso; Nascimento Prematuro; Renda; Estudos de Coortes


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