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Amamentação e padrões alimentares em três coortes de nascimento no Sul do Brasil: tendências e diferenciais

A amamentação é fundamental para a saúde infantil. O artigo compara mudanças na duração da amamentação em três coortes de nascimentos, de 1982, 1993 e 2004, na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul. Amostras das coortes de 1982 e 1993 e todas as crianças da coorte de 2004 foram visitadas em casa em torno de 12 meses de idade. Foram investigados a duração da amamentação e o momento em que diferentes tipos de alimentos foram introduzidos na dieta regular. A duração mediana da amamentação aumentou de 3,1 para 6,8 meses ao longo do período. O aleitamento exclusivo aos três meses era praticamente inexistente em 1982, mas alcançou um terço dos lactentes em 2004. O aumento foi mais expressivo a partir de 1993, sugerindo um impacto importante das atividades de promoção. Até aproximadamente 6-9 meses, a amamentação era mais prevalente em famílias de renda mais alta, mas depois dessa idade passava a ser mais comum entre famílias mais pobres. Crianças com baixo peso ao nascer apresentavam menor duração de amamentação. A duração da amamentação está aquém das recomendações internacionais, o que justifica a realização de mais campanhas nesse sentido. Deve-se concentrar mais atenção nos recém-nascidos de baixo peso e naqueles de famílias de baixa renda.

Aleitamento Materno; Bem-Estar da Criança; Estudos de Coorte


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