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Incidência de lesões intra-epiteliais cervicais em população de adolescentes atendidas em serviço público de saúde no Rio de Janeiro, Brasil

O objetivo foi estimar a incidência e os tipos das alterações citopatológicas cervicais em adolescentes acompanhadas em serviço público entre 1993-2006. Estudo de coorte, tendo como critérios de inclusão: idade < 20 anos, apresentar atividade sexual, citopatologia negativa para lesão cervical na entrada do estudo ou tempo de atividade sexual <1 ano. Os dados foram coletados de prontuários de 403 adolescentes. Foi estimada densidade de incidência, e para o cálculo da incidência das alterações citopatológicas referentes a cinco anos de acompanhamento após atividade sexual foi utilizado o método atuarial. No primeiro ano de atividade sexual, a incidência de lesões cervicais foi de 24,1%. Houve redução da incidência nos quatro anos subseqüentes com variação entre 3-8%. A densidade de incidência foi de 4,7 casos/100 pessoas-ano. O primeiro diagnóstico citológico anormal mostrou atipias em células escamosas de significado indeterminado (ASCUS) em 5,5% (22) das pacientes, lesão intra-epitelial escamosa de baixo grau (LSIL) em 28% (113) e lesão intra-epitelial escamosa de alto grau (HSIL) em 3% (12). Oito (67%) dos casos de HSIL ocorreram no primeiro ano de atividade sexual. A incidência de alterações citopatológicas é alta no início da vida sexual, sugerindo ser importante a inclusão das adolescentes sexualmente ativas no Programa de Controle do Câncer de Colo Uterino.

Neoplasia Intra-Epitelial Cervical; Adolescentes; Papillomaviridae


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