Resumo:
O objetivo do estudo foi estimar a associação entre a renda contextual e o declínio cognitivo de idosos em Florianópolis, município de médio porte do Sul do Brasil. Realizou-se um estudo transversal aninhado numa coorte de idosos. Entrevistaram-se 1.197 indivíduos (≥ 60 anos) na segunda onda (2013/2014) da coorte EpiFloripa. O declínio cognitivo foi avaliado por meio do Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e a renda contextual pelo rendimento médio mensal dos responsáveis pelos domicílios. As variáveis individuais de ajuste foram sexo, idade, cor da pele, renda domiciliar per capita, anos de estudos e tempo de moradia no bairro. Os dados foram analisados valendo-se de regressão logística multinível. A chance de declínio cognitivo foi duas vezes maior (OR = 1,99; IC95%: 1,03; 3,87) entre os idosos residentes nos setores do menor quintil de renda, quando comparados aos do maior quintil, independentemente das características individuais. Concluiu-se que o ambiente socioeconômico está relacionado ao declínio cognitivo e deve ser considerado em políticas públicas com foco na promoção da saúde dos idosos.
Palavras-chave:
Transtornos Cognitivos; Classe Social; Idoso
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