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Trabalho sem proteção social, desemprego e saúde em regiões metropolitanas brasileiras, 1998 e 2003

Este estudo investiga se trabalho sem proteção social assim como desemprego menor do que 12 meses e superior a 12 meses estão associados à pior condição de saúde. Foram estudados homens com idades entre 15 e 64 anos, residentes em oito regiões metropolitanas que participaram da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios em 1998 (n = 31.870) e 2003 (n = 32.887). Comparados ao trabalho com proteção social (> 40 horas/semana), trabalho sem proteção social, e desemprego de curta e longa durações foram associados à pior condição de saúde independentemente da idade e escolaridade. Cirrose hepática foi a doença mais fortemente associada com a situação no mercado de trabalho. Sua prevalência foi mais alta entre aqueles inseridos no trabalho sem proteção e com desemprego de longa duração. A situação no mercado de trabalho também foi negativamente associada ao uso de serviços de saúde, especialmente consultas médicas. O presente estudo mostrou que a inserção no trabalho sem proteção social, o desemprego e o tempo de desemprego caracterizam grupos heterogêneos de indivíduos em relação à saúde. Resultados reforçam a necessidade de incorporar a situação no mercado de trabalho nos estudos de desigualdades em saúde.

Desemprego; Seguro Saúde; Desigualdades em Saúde


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