Resumo:
Os métodos de geocodificação automática se tornaram populares nos últimos anos para facilitar o estudo da associação entre desfechos de saúde e lugar de residência. Entretanto, poucos estudos avaliaram a qualidade da geocodificação, e a maioria dos estudos existentes foi realizada nos Estados Unidos e Europa. O estudo teve como objetivo comparar a qualidade de três ferramentas de geocodificação eletrônica automática em relação a um método de referência. Foi geocodificada uma subamostra de 300 endereços anotados à mão em prontuários hospitalares, usando Bing, Google Earth e Google Maps. As taxas de correspondência dos registros foram mais altas (> 80%) com Google Maps e Google Earth, comparado com Bing. Entretanto, a acurácia dos endereços foi melhor com Bing, com uma proporção maior (> 70%) de endereços com erros de localização menores que 20 metros. Em geral, o desempeno não variou para cada método de acordo com condição socioeconômica. Os métodos apresentaram desempenho geral aceitável, porém heterogêneo. Os resultados servem de alerta contra o uso de métodos automáticos sem avaliar a qualidade em outras cidades, particularmente no Chile e no resto da América Latina.
Palavras-chave:
Mapeamento Geográfico; Características de Residência; Análise Espacial