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Estudo longitudinal de saúde bucal na coorte de nascidos vivos em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, 1982: aspectos metodológicos e resultados principais aos 15 e 24 anos de idade

Descreveu-se a metodologia e os resultados dos estudos de saúde bucal em uma coorte de nascimentos. Em 1997, uma amostra da coorte de nascimentos de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, (n = 900) foi sorteada para o estudo de saúde bucal (15 anos) e os mesmos indivíduos foram novamente investigados aos 24 anos. Agravos bucais, cuidados com a saúde bucal e uso de serviços odontológicos foram avaliados. Participaram do estudo 888 adolescentes aos 15 anos e 720 (81,1%) aos 24. O índice CPO-D médio variou de 5,1 (DP = 3,8) a 5,6 (DP = 4,1) no período. Ter pelo menos um dente restaurado passou de 51,9% aos 15 anos para mais de 70% aos 24. A proporção do uso de serviços e a média de dentes saudáveis foram menores dentre os sempre pobres quando comparados àqueles nunca pobres. Indivíduos com trajetórias econômicas descendente ou ascendente tiveram valores intermediários. Aumento de dentes saudáveis dos 15 aos 24 anos foi observado apenas dentre aqueles nunca pobres. Apresentar pelo menos um episódio de pobreza ao longo da vida impactou na saúde bucal na vida adulta.

Serviços de Saúde Bucal; Saúde Bucal; Adolescente


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