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Condições de emprego e precariedade laboral dos médicos do México: análise baseada em pesquisa nacional

O objetivo era descrever as características socioeconômicas e as condições de emprego dos médicos no México. Estudo transversal com base na Pesquisa Nacional de Ocupação e Emprego (ENOE) do México, nos quatro trimestres de 2019 e no primeiro trimestre de 2020. Incluímos todos os médicos com estudos universitários concluídos. A variável da precariedade laboral acumulada foi construída como a soma de cinco variáveis binárias relacionadas com o piso salarial, a jornada de trabalho, a falta de contrato, segurança e benefícios sociais. Com esta soma não ponderada, classificamos as condições de trabalho em baixa (1), média (2 a 3), alta (4 a 5), e ausência de precariedade laboral (0). No setor público, 13,4% e 3,3% dos médicos estão em situação de precariedade laboral média e alta, respectivamente; os percentuais são mais elevados no setor privado, com 38,5% e 7,7% (p < 0,01), respectivamente, devido principalmente à inexistência de contrato escrito e de seguro médico. Estas condições se agravam para as mulheres que trabalham nos consultórios médicos das empresas do setor privado, onde 75,2% e 6% delas sofrem precariedade média e alta, respectivamente, ao passo que para os homens, os percentuais são de 15,6% e 7,7%, respectivamente, (p < 0,01). Existe precariedade laboral no setor da saúde mexicano; as condições de trabalho dos médicos do setor privado são mais precárias do que no setor público, em especial, nos consultórios do setor privado onde as mulheres estão mais expostas a empregos precários.

Palavras-chave:
Clínicos Gerais; Pessoal de Saúde; Emprego; Consultórios Médicos


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