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Retração e reestruturação em era de austeridade: será que se pode aprender alguma coisa com as democracias afluentes?

O artigo discute algumas dificuldades em fazer analogias entre as reformas do welfare state nos países da Organisation for Economic Co-operation and Development, para os "países de renda média", cujos sistemas de proteção social são menos institucionalizados. A globalização possui um papel na dinâmica da política social contemporânea, mas processos sociais ocorrendo dentro dos contextos nacionais foram provavelmente mais importantes para as configurações que a reforma assumiu. Não existe uma única "nova política do welfare state", mas distintas dinâmicas políticas em diferentes configurações ou "regimes", os quais se caracterizam por diferentes problemas e estruturas de oportunidades políticas. Diferentes fatores explicam os resultados em diferentes configurações, as quais tampouco produzem grande convergência quanto aos resultados de suas políticas sociais. A reforma atual do welfare state é pensada como um processo de reestruturação, e não de desmantelamento, o que encoraja a possibilidade de se pensar em coalizões para se estabelecer agendas multi-dimensionais de reformas de proteção social.

Bem-Estar Social; Globalização; Política Social


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