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Renda e gastos diretos em saúde de acordo com diferentes arranjos de moradia em famílias com idosos no Brasil

Resumo:

O estudo teve como principal objetivo caracterizar os padrões domiciliares sociodemográficos e econômicos em diferentes arranjos de moradia em famílias com idosos no Brasil e a associação com renda e gastos diretos em saúde. Os dados foram extraídos da base de dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008/2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. As famílias com idosos representavam 28% do total, eram menores e tinha uma média de renda mais elevada, comparado a famílias sem idosos. Os adultos idosos eram chefes de família em 85% do total, e com renda originária principalmente das políticas de proteção social. As famílias chefiadas por um adulto ou casal idoso tinham média de renda mensal mais elevada. A proporção de gastos diretos em saúde de acordo com o quintil de renda per capita era mais alta em famílias chefiadas com um adulto ou casal idoso, comparado a famílias com um idoso não chefe de domicílio, e mais ainda em famílias sem idosos. Os achados permitem a identificação de impactos positivos potenciais sobre a qualidade de vida de famílias com idosos no Brasil. A renda domiciliar mais alta das famílias com idosos é consequência da expansão das políticas inclusivas de políticas de proteção social para idosos no Brasil nos anos 2000, especialmente para famílias com renda mais baixa, que representam 80% dessa população. É provável que a crise econômica e política dos anos 2010 tenha reduzido a vantagem relativa dessas famílias, e o estudo atual permitirá comparações com os resultados da próxima POF.

Palavras-chave:
Idoso; Família; Renda; Gastos em Saúde; Previdência Social

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