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O contexto da primeira injeção de drogas ilícitas, práticas atuais de injeção e infecção pelo vírus da hepatite C no Rio de Janeiro, Brasil

O trabalho investiga o contexto da primeira injeção de drogas e sua associação com práticas atuais de injeção e infecção pelo HCV (vírus da hepatite C). Usuários de drogas injetáveis (UDI) (N = 606) foram recrutados em cenas de uso (ruas, bares) do Rio de Janeiro, Brasil, entrevistados e testados (anti-HCV). A freqüência de compartilhamento de agulhas e seringas foi superior na primeira injeção (51,3%), se comparada à atualmente referida (36,8%). Usuários que iniciaram o uso injetável compartilhando agulhas/seringas relataram uma freqüência significativamente maior de compartilhamento direto/indireto de agulhas/seringas nos últimos seis meses. A infecção pelo HCV foi quatro vezes mais prevalente entre UDI jovens (< 30 anos) que compartilharam agulhas e seringas na primeira injeção. A prevalência de anti-HCV foi 11% entre UDI ativos (n = 272) e se mostrou independentemente associada à história de prisão e à duração do uso de drogas injetáveis. A prevenção da disseminação do HCV nesta população requer a adoção de medidas de redução de riscos e danos associados à injeção de drogas já desde a primeira injeção ou, antes, um desestímulo à transição do uso não injetável para injetável.

Uso Indevido de Drogas Parenterais; Uso Comum de Agulhas e Seringas; Vírus da Hepatite C; Drogas Ilícitas


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