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Desigualdade de renda e hipertensão arterial na Colômbia: uma análise multinível

Este estudo teve como objetivo examinar a associação entre desigualdade de renda e hipertensão arterial na Colômbia. Usando uma amostra nacional representativa de adultos colombianos e dados dos departamentos (estados) e municípios, testamos modelos lineares e logísticos multinível, estratificados para gênero, com a pressão arterial como variável contínua e binária, respectivamente. Nos modelos ajustados, as mulheres que residiam em departamentos do país com o quintil mais alto de desigualdade de renda em 1997 apresentavam pressão arterial sistólica mais elevada do que as mulheres que residiam no quintil mais baixo de desigualdade de renda (diferença média de 4,42mmHg; IC95%: 1,46, 7,39). As mulheres que residiam em departamentos no quarto e quinto quintis de desigualdade de renda em 1994 tinham maior probabilidade de apresentar hipertensão arterial do que aquelas em departamentos no primeiro quintil no mesmo ano (OR: 1,56 e 1,48, respectivamente). Nos homens, não foram observadas associações entre desigualdade de renda e pressão sistólica ou hipertensão arterial. Nossos achados corroboram a hipótese da associação entre desigualdade de renda e aumento de risco de hipertensão arterial em mulheres. São necessários mais estudos para analisar os elos entre a desigualdade de renda e a hipertensão arterial na Colômbia.

Hipertensão; Iniquidade Social; Análise Multinível


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