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Versão brasileira da escala effort-reward imbalance para avaliação de estresse no trabalho

O modelo que relaciona esforços empreendidos e recompensas geradas a partir do trabalho (effort-reward imbalance - ERI) tem sido utilizado para avaliar o impacto, na saúde, do estresse no ambiente de trabalho. Neste artigo, descrevemos o processo de adaptação transcultural do questionário ERI, do Inglês para o Português, bem como algumas de suas propriedades psicométricas como a consistência interna, confiabilidade teste-reteste e estrutura de fatores. Desenvolvemos a versão para o Português por meio do processo de tradução/retradução, e conduzimos estudo de confiabilidade teste/reteste com 111 profissionais de saúde e funcionários de uma universidade. Dentre esses, 89 participantes com dados completos participaram das análises. As estimativas de confiabilidade (coeficiente de correlação intraclasse) das três dimensões da escala, "esforço", "recompensa" e "excesso de compromisso" foram de 0,76, 0,86, e 0,78, respectivamente. Estimativas de consistência interna (alpha de Cronbach) para essas mesmas dimensões foram de 0,68, 0,78, e 0,78. A estrutura de fatores, obtida por meio de análise fatorial exploratória, mostrou-se bastante consistente com as bases teóricas do modelo. Esses resultados representam as primeiras evidências favoráveis à aplicação, na pesquisa epidemiológica, da versão brasileira da escala ERI, especialmente em grupos populacionais com características sócio-econômicas semelhantes àquelas da população de estudo.

Reprodutibilidade dos Resultados; Estresse; Ambiente de Trabalho; Trabalho


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