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Fatores associados a alterações no índice de massa corporal entre idosos: um seguimento de dez anos

O objetivo foi examinar alterações no índice de massa corporal (IMC) e fatores associados em idosos brasileiros. Este foi um estudo longitudinal, populacional, realizado em São Paulo, Brasil. Os participantes eram adultos com 60 anos ou mais (n = 1.796) da primeira onda da coleta de dados do Projeto Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento (Projeto SABE), realizada entre 2000 e 2010. Foi usada regressão linear de medidas repetidas de efeitos mistos para analisar as mudanças longitudinais no IMC e examinar a associação entre características sociodemográficas, condições de saúde e comportamentos sociais e essas mudanças. O IMC médio diminuiu depois dos 70 anos de idade. Os homens tinham IMC mais baixo que as mulheres (β = -1,86, IC95%: -2,35; -1,37). Os idosos que consumiam álcool (β = 0,30, IC95%: 0,06; 0,54), com mais de uma doença crônica (β = 0,19, IC95%: 0,26; 0,72) e que não praticavam atividade física (β = 0,56, IC95%: 0,38; 0,74) tinham IMC mais alto. Idosos fumantes (β = -0,40, IC95%: -0,76; -0,04) e que relatavam menor consumo alimentar nos últimos meses (β = -0,48, IC95%: -0,71; -0,24) tinham IMC mais baixo. Entre os idosos brasileiros, diversas características sociodemográficas, condições de saúde e comportamentos predizem o IMC. O aumento da prevalência de doenças crônicas e de comportamentos sedentários no Brasil pode ter efeitos prejudiciais sobre o IMC nas idades mais avançadas.

Palavars-chave:
Idoso; Envelhecimento; Índice de Massa Corporal


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