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Amamentação e transição nutricional na América Latina e Caribe: um caso bem-sucedido?

Os objetivos deste artigo incluem examinar tendências recentes na duração da amamentação na América Latina e Caribe e documentar: (a) diferenciais entre áreas rurais e urbanas, (b) diferenças em escolaridade materna e (c) mudanças na duração do aleitamento materno ao longo do tempo. Foram realizadas análises de dados secundários a partir de 23 pesquisas demográficas em saúde conduzidas entre meados das décadas de 80 e 90. Os resultados indicam que a duração mediana da amamentação continua sendo maior nas áreas rurais comparadas com as urbanas e entre mulheres com menos escolaridade, embora tais diferenças estejam diminuindo ao longo do tempo. Em cinco dos seis países estudados em relação a tendências seculares, continua aumentando a duração da amamentação, tanto em áreas rurais quanto urbanas. A duração da amamentação em áreas urbanas e rurais estava fortemente correlacionada dentro dos países. A duração do aleitamento aumentou mais entre mulheres com maior escolaridade e declinou entre mulheres com menor escolaridade. Os resultados indicam que a duração do aleitamento vem aumentando na América Latina e Caribe numa época em que era previsto o oposto, em vista da crescente urbanização da região. Políticas de proteção ao aleitamento materno e programas de promoção podem explicar parte do aumento na duração do aleitamento materno.

Aleitamento Materno; Demografia; Transição Nutricional


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