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A cooperação entre uma ONG e os Estados "anfitriões" no controle da hanseníase na América Latina

Cooperation between an NGO and "host" states in the control of leprosy in Latin America

A proliferação das Organizações Não-Governamentais (ONGs), pode ser considerada como um resultado da incapacidade do sistema democrático atual de desempenhar todas as tarefas desejadas pelos seus cidadãos. Embora que as ONGs muitas vezes realizem um trabalho bastante positivo, elas têm uma tendência de diminuir o poder governamental e são capazes de interferir nos assuntos internos de outros países. Neste contexto, observam-se esforços de controlar as suas atividades e este controle pode resultar em efeitos negativos (bloqueio da defesa dos direitos humanos) e efeitos positivos (correção da falta de coordenação no trabalho das ONGs). ONGs ativas no controle da hanseníase têm uma história longa de cooperação com Estados "anfitriões" na América Latina. No pior dos casos, trabalham num vácuo deixado pelo Estado. Num país como o Brasil - onde o Governo dá prioriade ao controle da hanseníase e à participação da comunidade no processo político - as ONGs trabalham geralmente de um modo "harmônico" com as autoridades nacionais. A contribução mais útil aos esforços estaduais tem sido o apoio técnico-financeiro à capacitação do pessoal de saúde, à supervisão e às campanhas de conscientização. Assim, a ONG torna-se "quase-governamental" na execução das suas tarefas.

Organização Não-Governamental; Cooperação Técnica; Hanseníase


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