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Avaliação longitudinal da exposição ao mercúrio em crianças de uma área urbana na Amazônia brasileira

O objetivo deste estudo foi realizar avaliação longitudinal da exposição de crianças de uma área urbana da Amazônia brasileira ao mercúrio (Hg). A população foi composta por 90 crianças, cuja exposição foi avaliada desde o nascimento por meio das análises dos teores de Hg no sangue do cordão umbilical e no sangue das mães em 2000/2001, e em amostras de cabelo e sangue das crianças. Os procedimentos incluíram também um questionário com informações demográficas, socioeconômicas, sobre consumo de peixes e morbidade referida. A média dos teores de Hg no cabelo em 2010 foi próxima a 1µg/g e sua amplitude 8,22µg/g, semelhantes aos anos 2004 e 2006, podendo ser explicada pela baixa ingestão de peixes. A média dos teores de Hg no sangue das crianças ao nascer ultrapassou 10µg/L e sua amplitude atingiu quase 60µg/L, indicando transferência do Hg através da barreira placentária. Ocorreu aumento significativo dos teores de Hg no sangue entre 2004 e 2006 (p < 0,001), sugerindo a possibilidade de exposição atmosférica ao Hg. O principal período de exposição ao Hg ocorreu durante a gestação.

Mercúrio; Envenenamento; Exposição Ambiental; Criança


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