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Porque Devemos, de Novo, Erradicar o Aedes Aegypti

A ocorrência de epidemias de Dengue Clássica, Febre Hemorrágica da Dengue e Síndrome de Choque da Dengue, no Brasil e nas Américas, faz com que essa virose se constitua em um dos grandes problemas de saúde pública do continente, o que impõe uma reflexão sobre sua situação epidemiológica e as estratégias de seu enfrentamento. Neste sentido, um importante debate nacional vem se processando, desde o início do ano de 1995 sobre a estratégia de prevenção que deve ser adotada no Brasil. O Conselho Nacional de Saúde ao criar uma Comissão Técnica para analisar o problema não descartou a readoção de uma proposta de erradicação do Aedes Aegypti, estratégia adotada até 1985, quando foi substituída por um programa de controle. Seminário promovido pelo Conselho Nacional de Saúde e Ministério da Saúde em novembro de 1995, com a participação da comunidade científica (ABRASCO, SBMT e SBP), CONASS, CONASSEMS e de profissionais de saúde que desenvolvem trabalho nesta área, revelou a existência de opiniões favoráveis e desfavoráveis à erradicação do Aedes aegypti. Este artigo sistematiza esta discussão, e a opinião dos autores é de que, levando em consideração as diretrizes técnicas e políticas imprimidas ao Plano Nacional de Erradicação do Aedes aegypti do Brasil, emanadas do Conselho Nacional de Saúde e referendadas pelos participantes do Seminário, os profissionais de saúde e a sociedade brasileira devem lutar pela efetiva implantação do referido Plano. Isso porque, apesar de todas as questões técnicas envolvidas, o plano além de factível é defensável pelos seus aspectos humanos, éticos e pela capacidade de resgatar questões essenciais como o próprio Sistema Único de Saúde e a luta pela eqüidade social e inter-regional no país.

Dengue Clássica, Febre Hemorrágica da Dengue e Síndrome de Choque da Dengue; Plano Nacional de Erradicação; Dengue no Brasil e nas Américas


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