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Qualidade de vida, coesão e adaptabilidade em famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família

Resumo

Avaliou-se a associação entre qualidade de vida, coesão familiar e fatores sociodemográficos de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF). Estudo transversal, analítico e de caráter exploratório com amostra representativa de 385 entrevistados. A variável dependente foi a qualidade de vida (WHOQOL-BREF), e as variáveis independentes quantificadas em características sociodemográficas, autopercepção sobre saúde, coesão e adaptabilidade familiar (FACES III). A melhor qualidade de vida associou-se com idade menor ou igual a 36 anos (OR = 2,15), maior nível educacional (OR = 1,54), boa/muito boa saúde (OR = 6,39), não ter problema de saúde atual (OR = 5,68), sem tratamento (OR = 1,76), moderada (OR = 3,39) e alta (OR = 3,66) coesão familiar e moderada adaptabilidade (OR = 2,23). Indivíduos provenientes de famílias com moderada e alta coesão familiar tiveram mais chance de ter uma melhor qualidade de vida do que aqueles vindos de famílias com baixa coesão. Os voluntários do sexo masculino tiveram 3,54 vezes mais chance de apresentar uma melhor qualidade de vida. Concluiu-se que níveis moderados e altos de coesão podem impactar positivamente uma melhor qualidade de vida das pessoas beneficiárias do PBF, indicando que as ações sociais devem buscar o fortalecimento dessa dinâmica.

Palavras-chave
Qualidade de vida; Relações familiares; Pobreza; Adaptação; Política social

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