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Serviços de avaliação farmacológica no Brasil: ampliando os resultados da metodologia utilizada pela OMS

O objetivo deste artigo é explorar e analisar os resultados do Diagnóstico da Situação Farmacêutica no Brasil (DiagAF-Br) em uma perspectiva regional. Foi utilizada abordagem exploratória de casos múltiplos, baseada nos dados do DiagAF-Br, que foram coletados em cinco estados brasileiros. Foram realizadas análises descritivas por estado para indicadores selecionados nas três dimensões: acesso, qualidade e uso racional de medicamentos. Entre os achados, destacam-se o percentual de prescrições completas, que variou de 1,1% no estado de Goiás a 98,6% no Espírito Santo; o percentual de pacientes que sabem como tomar os medicamentos, que variou de 60,4% no Sergipe a 93,3% no Rio Grande do Sul. A escolaridade apresentou-se como um importante preditor do conhecimento sobre como tomar os medicamentos, especialmente quando a prescrição está completa. O número médio de medicamentos por prescrição, cerca de 2,1, não mostrou diferenças entre os locais visitados. Foram identificados diferentes níveis de capacidade de gerenciamento e organização dos serviços farmacêuticos, o que sugere a necessidade de estratégias mais adequadas para ampliar o acesso, qualidade e principalmente o uso racional de medicamentos no Brasil.

Serviços farmacêuticos; Avaliação de serviços farmacêuticos; Indicadores de qualidade do cuidado de saúde; Uso racional de medicamentos; Políticas de saúde


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