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Ansiedade e depressão em fisioterapeutas brasileiros durante a pandemia de COVID-19: um estudo transversal

Resumo

Este estudo investigou a prevalência e potenciais fatores de risco para ansiedade e depressão em fisioterapeutas durante a pandemia. Fisioterapeutas responderam a um questionário na web, incluindo: dados sociodemográficos, profissionais e clínicos; demandas psicossociais; e dois questionários validados para medir ansiedade e depressão. Regressão logística binária identificou fatores de risco para ansiedade e depressão por meio de odds ratio (OR) e intervalo de confiança de 95% (IC). Em 417 participantes houve alta prevalência de ansiedade (48,2%) e depressão (53%). Os fatores de risco para ansiedade foram: sexo feminino (OR 2,07; IC95% 1,01-4,24), piora nos padrões de sono (OR 3,78; IC95% 1,92-7,44), moderada (OR 2,24; IC95% 1,00-5,00) e extrema preocupação financeira (OR 3,47; IC95% 1,57-7,65) e extrema solidão (OR 3,47; IC95% 1,71-7,07). Os fatores de risco para depressão foram: sexo feminino (OR 2,16; IC95% 1,03-4,55), baixa renda familiar (OR 2,43; IC95% 1,21-4,89), piora nos padrões de sono (OR 5,97; IC95% 3,02-11,82), extrema preocupação financeira (OR 2,61; IC95% 1,15-5,94) e extrema solidão (OR 4,38; IC95% 2,00-9,63). Este estudo mostrou alta prevalência de ansiedade e depressão na população estudada e identificou fatores de risco para ambos.

Palavras-chave:
COVID-19; Pandemia; Fisioterapeutas; Ansiedade; Depressão

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