Conhecimentos e práticas de gerentes e profissionais da ESF na prevenção das violências com adolescentes

Vieira Netto, Moysés Francisco; Deslandes, Suely Ferreira; Gomes Júnior, Saint Clair S.

doi:10.1590/1413-812320212611.3.25662019

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Sumário

VIOLÊNCIA E PREVENÇÃO • Ciênc. saúde coletiva 26 (suppl 3) • 2021 • https://doi.org/10.1590/1413-812320212611.3.25662019 copiar

Conhecimentos e práticas de gerentes e profissionais da ESF na prevenção das violências com adolescentes

Know-how and techniques of Family Health Strategy managers and professionals in the prevention of violence against adolescents

Autoria SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

Resumo

Este estudo objetivou identificar fatores potencializadores das ações da Estratégia Saúde da Família (ESF) no enfrentamento das violências contra adolescentes. A amostra foi aleatória de 61 equipes da ESF de três municípios. Utilizou-se questionários tabulados pelo programa EpiINFO 7.0, com análises bivariadas: qui-quadrado, Fisher e “árvore de classificação”, para análise das experiências nessa temática e das seguintes questões - vínculo, tempo de formado, capacitação, conhecimento de políticas públicas, entre outras. Há o reconhecimento da vulnerabilidade dos adolescentes às violências, porém apenas duas equipes possuem experiências de prevenção com continuidade. Predomina a opinião de que tais atividades não competem à ESF. O estudo identifica variáveis interdependentes que aumentam a probabilidade da prevenção das violências e a promoção de cultura de paz entre adolescentes.

Palavras-chave:
Estratégia Saúde da Família; Prevenção de violência; Adolescente; Promoção de saúde; Cultura de paz

	Questões	Municípios						Total
		Serra		Vila Velha		Vitória
		n = 18	%	n = 12	%	n = 31	%	n = 61	%
Valores	Consideram o adolescente enquanto grupo de risco e vulnerável às violências.	15	83,3	9	75,0	23	74,2	47	77,0
	Consideram que as atividades de prevenção às violências são de responsabilidade da ESF.	3	16,7	1	8,3	8	25,8	12	19,7
	Consideram que a prevenção das violências é importante, mas possuem muitas dificuldades no trabalho cotidiano que os impedem de realizar.	15	83,3	11	91,7	22	71,0	48	78,7
Práticas	Trabalham a prevenção das violências de forma geral sem público alvo específico.	15	83,3	0	0,0	12	38,7	27	44,3
Práticas	Realizam atividades de prevenção às violências com adolescentes atualmente.	10	55,6	0	0,0	20	64,5	30	49,2

Questões	Itens	Sim (n = 17)	%	Não (n = 44)	%	p-valor
Conhecimento das políticas	ECA	17	100,0	43	97,7	0,721
	PNPS	13	76,5	36	81,8	0,443
	PNRMAV	6	35,3	14	31,8	0,511
	PSE	16	94,1	37	84,1	0,281
	Diretriz	11	64,7	21	47,7	0,183
	Orientação	11	64,7	31	70,5	0,443
	Linha cuidado	8	47,1	23	52,3	0,468
	Cultura paz	5	29,4	15	34,1	0,489
Vínculos efetivos	ACS	11	64,7	29	65,9	0,402
	CD	11	64,7	11	25,0	0,422
	ASB	13	76,5	26	59,1	0,058
	TSB	10	58,8	17	38,6	0,131
	ENF	16	94,1	41	93,2	0.899
	T ENF	10	58,8	30	68,2	0,442
	MED	10	58,8	16	36,4	0,059
Tempo formado	ACS	-	-	-	-	n/a
	CD	0	0,0	1	2,3	0,422
	ASB	1	5,9	3	6,8	0,667
	TSB	1	5,9	1	2,3	0,667
	ENF	2	11,8	13	29,5	0,181
	T ENF	3	17,6	6	13,6	0,181
	MED	4	23,5	10	22,7	0,400
Formação em prevenção a violências com adolescentes	ACS	12	70,6	20	45,5	0,126
	CD	3	17,6	7	15,9	0,597
	ASB	1	5,9	6	13,6	0,269
	TSB	0	0,0	6	13,6	0,080
	ENF	8	47,1	19	43,2	0,500
	T ENF	5	58,8	14	31,8	0,388
	MED	6	37,5	17	38,6	0,457
Reconhecimento de grupo etário vulnerável às violências	Criança	13	76,5	34	77,3	0,597
	Jovens	9	76,5	26	77,3	0,439
	Idoso	13	76,5	31	77,3	0,448
	Adolescente	15	76,5	33	77,3	0,221
	Adulto	4	76,5	13	77,3	0,448
	Mulher	13	76,5	28	77,3	0,260

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[1] Colaboradores

Este artigo é produto do doutoramento de MFV Netto, que trabalhou na concepção e na redação final. De igual forma, SF Deslandes e SC Júnior contribuíram na concepção e na redação final do artigo.