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Resiliência, depressão e autoeficácia entre profissionais de enfermagem brasileiros na pandemia de COVID-19

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar os níveis de resiliência, depressão e autoeficácia entre profissionais de enfermagem brasileiros na pandemia de COVID-19. Estudo transversal analítico realizado entre os meses de outubro e dezembro de 2020. Foram empregados o teste T de Student, a análise de variância e a regressão linear múltipla com o objetivo de investigar em que medida os dois grandes fatores (resiliência e autoeficácia) impactavam nos níveis de depressão. Participaram do estudo 8.792 profissionais de enfermagem, 5.124 (58,8%) tiveram baixos níveis de resiliência. A média da pontuação geral para “depressão” foi de 0,74 e variou de 0,59 a 0,80. A média da pontuação geral para “autoeficácia” foi de 0,68 e variou de 0,56 a 0,80. Quanto aos preditores de depressão, a variável que mais fortemente impactou os níveis de depressão foi resiliência, explicando 6,6% do desfecho (p < 0,001, R2 Ajustado = 0,066). Os participantes deste estudo tiveram, em geral, baixos níveis de resiliência e autoeficácia e maiores pontuações médias para depressão. Os níveis de resiliência impactaram a variável depressão. Urge a necessidade de ações voltadas para a promoção da saúde psicológica de profissionais de enfermagem inseridos em contextos pandêmicos.

Palavras-chave:
Resiliência psicológica; Depressão; Autoeficácia; Profissionais de enfermagem; COVID-19

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