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Resíduos de agrotóxicos em morangos produzidos no estado do Rio Grande do Sul, Brasil

RESUMO:

A cultura do morangueiro tem grande participação econômica e social no estado do Rio Grande do Sul, especialmente devido a sua importância na agricultura familiar. No entanto, o morango está constantemente entre as principais culturas com resíduos de agrotóxicos não autorizados ou acima do limite máximo de resíduos no principal Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) do Brasil. O presente estudo teve por objetivo avaliar os resíduos de agrotóxicos encontrados em morangos produzidos no estado do Rio Grande do Sul comercializados na CEASA/RS. Nos anos de 2018 e 2019 foram coletadas 62 amostras de morangos no pavilhão destinado aos produtores gaúchos desta central de abastecimento. Cada amostra foi analisada para presença de 238 ingredientes ativos de agrotóxicos. Das 62 amostras, 40% foram consideradas satisfatórias e 60% apresentaram resultado insatisfatório. Das 25 amostras satisfatórias, três amostras não continham resíduos de agrotóxicos e 22 apresentaram resíduos abaixo do limite máximo de resíduos (LMR) estipulado pela ANVISA. Dos 37 casos de amostras insatisfatórias, 11 foram por ingrediente ativo não permitido para a cultura (NPC), 13 por ingrediente ativo acima do LMR e 13 laudos apresentaram o somatório de resíduos acima do LMR e NPC. Foram encontrados 35 diferentes ingredientes ativos nas 62 amostras de morango, totalizando 303 eventos de detecção. Os ingredientes ativos detectados com maior frequência nas 62 amostras de morango foram procimidona (66,13%); carbendazim (53,22%) e difenoconazol (50%).

Palavras-chave:
Fragaria x ananassa ; agroquímicos; contaminação química; alimento seguro

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