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ELISA “in house” para o diagnóstico de leishmaniose: desenvolvimento e aplicação em caninos da fronteira Oeste do Brasil

RESUMO:

A leishmaniose é um grande problema de saúde pública que afeta tanto humanos quanto animais. A doença é causada pelo protozoário Leishmania spp., que possui um ciclo complexo envolvendo um vetor flebotomíneo. O teste ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay), juntamente com um imunoensaio cromatográfico, foi definido pelo Ministério da Saúde do Brasil como protocolo de triagem confirmatória em 2011. A cidade de Uruguaiana fica a 630 km de Porto Alegre, o que dificulta o envio de amostras e o diagnóstico da leishmaniose, além da demora para obter os resultados. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo avaliar um método de ELISA indireto in-house comparado ao ensaio de imunofluorescência indireta (IFA) e imunoensaio cromatográfico de plataforma de dupla via (DPP-BioManguinhos®) para a detecção de uma resposta imune contra Leishmania spp. na espécie canina. A avaliação sorológica incluiu 48 caninos da fronteira oeste do Brasil (cidade de Uruguaiana e Barra do Quaraí). Das 48 amostras caninas testadas, 18 foram positivas na técnica de ELISA, 19 foram positivas com IFA e 17 foram positivas com o teste rápido DPP®. A técnica de ELISA apresentou sensibilidade/especificidade de 83,3%/86,7% quando comparada ao IFA e 100%/96,8% em relação ao DPP®. O presente estudo apresentou prevalência de 37,5%, demonstrando que a infecção circula na população estudada. Pode-se concluir que a técnica de ELISA foi valiosa para uso em condições de campo na realização de testes de triagem em áreas endêmicas.

Palavras-chave:
Leishmania sp.; diagnóstico; saúde pública.

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