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MÉTODOS DE IMUNOENSAIO NÃO RADIOMÉTRICOS [FLUOROIMUNOENSAIO (FIE) E ENZIMAIMUNOENSAIO (EIE)] E O RADIOIMUNOENSAIO (RIE) NA AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO ADRENAL DE CÃES NORMAIS E CÃES COM HIPERADRENOCORTICISMO

Os métodos de dosagem hormonal por técnicas não-radioativas apresentam inúmeras vantagens sobre os que utilizam radioisótopos como marcadores de hormônios ou anticorpos. Dentre tais vantagens, incluem-se maior meia-vida útil dos reagentes por maior estabilidade dos compenentes, inexistência de riscos de contaminação radioativa, tanto pessoal quanto ambiental. Para avaliar a aplicação destes novos métodos na prática da endocrinologia clínica de pequenos animais, comparamos o método de radioimunoensaio (RIE) aos métodos alternativos fluoroimunoensaio (FIE) e enzimaimunoensaio (EIE) na avaliação da função adrenal canina. Para tanto, padronizaram-se os níveis de cortisol em cães normais (n=50) e em cães com hiperadrenocorticismo (n=12), sob condições basais e oito horas após supressão com dexametasona (DEX) (0,01mg/kg IV). Os valores do grupo de animais controle compreendidos entre os percentis 5 a 95 foram estabelecidos como normais. Os valores de cortisol basal foram de 0,20 a 2,35mig/d<img SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n2/a12img01.gif"> para FIE, 0,65 a 4,64mig/d<img SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n2/a12img01.gif"> para RIE e de 0,30 a 5,39mig/d<img SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n2/a12img01.gif"> para EIE. Após supressão com DEX, os valores do grupo controle foram <0,87mig/d<img SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n2/a12img01.gif"> para FIE, <0,80mig/d<img SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n2/a12img01.gif"> para RIE e 0,30mig/d<img SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n2/a12img01.gif"> para EIE. Nos cães com hipercortisolismo, os valores de média e desvio padrão dos níveis de cortisol em condições basais e pós-supressão com DEX foram de 2,71 ± 0,41mig/d<img SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n2/a12img01.gif"> e 1,73 ± 1,15mig/d<img SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n2/a12img01.gif"> (FIE), 7,05 ± 2,85mig/d<img SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n2/a12img01.gif"> e 4,93 ± 2,26mig/d<img SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n2/a12img01.gif"> (EIE), e 4,80 ± 1,43mig/d<img SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n2/a12img01.gif"> e 3,52 ± 1,08mig/d<img SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n2/a12img01.gif"> (RIE), respectivamente. Os resultados obtidos pelos três métodos (RIE, FIE, EIE) foram comparados, de forma a se averiguar a sua confiabilidade para o diagnóstico do hiperadrenocorticismo endógeno, no que tange às suas características de sensibilidade e especificidade. Desta forma, na avaliação da função adrenal, os métodos de EIE e RIE apresentam desempenhos semelhantes, considerados ideais (ambos com 100% de sensibilidade e especificidade). Concluiu-se que o método de EIE, para avaliação da função adrenal, mostrou-se tão adequado quanto o tradicional método de RIE para as determinações de cortisol.

fluoroimunoensaio; enzimaimunoensaio; cães; radioimunoensaio; hiperadrenocorticismo


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