RESUMO:
O uso de efluentes na agricultura vem sendo praticado em escala crescente ao longo das últimas décadas em virtude de seu potencial fertilizante e da redução na demanda de águas superficiais e subterrâneas. No entanto, tal prática pode trazer prejuízos quando realizada sem planejamento, não respeitando a capacidade de suporte do solo para a reciclagem de resíduos orgânicos. Os problemas mais comuns são a contaminação de águas superficiais e subterrâneas, via lixiviação e escoamento superficial, bem como o acúmulo de nutrientes e elementos potencialmente poluentes que comprometem as características químicas, físicas e biológicas do solo. O compartimento biológico, representado pela micro, meso e macrofauna, desempenha importante papel na ciclagem de nutrientes, decomposição da matéria orgânica, movimentação das partículas e transporte de materiais em diferentes profundidades, contribuindo para a manutenção das características físicas e químicas do solo. Nesse sentido, o presente trabalho tem por objetivo discutir o efeito do uso de diferentes efluentes na agricultura sobre a biologia do solo, destacando aspectos positivos e negativos, bem como enfatizar a necessidade de conduzir investigações que potencializem os aspectos positivos do uso de efluentes associados aos processos edáficos.
Palavras-chave:
biologia de solo; fauna edáfica; águas residuais.