Diferentes métodos e tempos de medição para estimar a produção decalor em ovinos alimentados com farelo de girasssol

RESUMO:

O objetivo com este estudo foi avaliar o método do pulso de oxigênio (O₂P-FC) usando câmara respirométrica em diferentes tempos de medição para estimar a produção de calor de cordeiros alimentados com níveis crescentes de farelo de girassol na dieta. Vinte e quatro cordeiros foram distribuídos em quatro dietas experimentais (0,10, 20 e 30% de farelo de girassol). A produção de calor foi estimada pelo método de O₂P-FC (PC_O2P) e por câmara respirométrica (PC_CR). As estimativas foram obtidas medindo-se simultaneamente a frequência cardíaca (FC) e o consumo de oxigênio (VO₂) durante 3, 6, 9, 12, 15, 18, 21 e 24 horas. Uma câmara de respirométrica para pequenos ruminantes foi usada para determinar o VO₂ e a produção de dióxido de carbono e metano. Os dados referentes a dieta experimental, tempos de medição e suas interações foram analisados como medidas repetidas usando os procedimentos de modelo misto e estimativa de máxima verossimilhança restrita. A correlação de Pearson foi usada para comparar as duas técnicas de estimativa da produção de calor. Não houve efeito dos diferentes níveis de inclusão de farelo de girassol sobre o consumo de oxigênio e produção de calor dos animais. A PC_O2P (126,16 kcal/ PV^0.75/dia) foi 2% maior que a PC_CR (124,61 kcal/ PV^0.75/dia), e o coeficiente de correlação foi de 62,8%. O coeficiente de variação foi maior para PC_O2P (21,33%) comparado com PC_CR (11,44%). A FC (batimentos/min), VO₂ (mL/min/PC^0,75) e o O₂P-FC (mL/batimento) requerem tempos de medição de 24, 15 e 9 horas, respetivamente. É necessário a mensuração por 24 horas para garantir uma estimativa mais precisa da produção de calor usando o método de O₂P-FC.

Palavras-chave:
bioenergética; calorimetria indireta; cordeiros; exigências de energia; ovinos