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Comportamento de novilhos de corte em sistemas integrados de produção agropecuária

RESUMO:

As divergências no temperamento dependem da reação dos animais às pessoas e à diferentes situações sociais e ambientais. Contudo, pouco se sabe acerca da influência de alterações no ambiente pastoril sobre o temperamento dos bovinos. Com isso, a hipótese de trabalho é de que o temperamento dos animais pode ser alterado se mantidos em sistemas pastoris arborizados. Para tanto, objetivou-se avaliar o efeito do componente arbóreo em ambiente pastoril sobre o temperamento de bovinos em pastejo em sistemas integrados de produção agropecuária. Foram avaliados 32 novilhos da raça Angus alocados em dois sistemas pecuária (PEC) e pecuária-floresta (PF) durante o período de dezembro de 2019 a fevereiro de 2020, no qual foi mensurado: o escore de reatividade dos animais; a velocidade de fuga e o número de vocalizações. O modelo estatístico utilizado considerou como efeito fixo de tratamentos e períodos e efeitos aleatórios dos animais, utilizando o procedimento MIXED, as médias foram comparadas pelo recurso lsmeans. A velocidade de saída e número de vocalizações foram similares entre os sistemas de produção. O escore de reatividade foi menor para os animais mantidos no sistema PF quando comparados aos do tratamento PEC. O sistema PF interfere positivamente no temperamento animal em relação ao sistema de produção PEC, observado pelo menor escore de reatividade nos animais mantidos neste sistema. Contudo, o estudo sobre a influência da integração de sistemas sobre o temperamento animal exige mais pesquisas para revelar o potencial deste modelo de produção sobre o comportamento animal.

Palavras-chave:
temperamento; reatividade; bem-estar animal; silvipastoril

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